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por um amor que nos desune tanto

by Luís C. & Dead Flowers

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1.
libertado 03:09
o meu amor enviou-me um poema de morte pintado de tristeza cru, rude de pureza agonizado desenhado na agonia saturado o meu amor enviou-me um poema de amor ao amor libertado meu amor enviaste um poema de morte pintaste de tristeza rude, cru na pureza agonizado desenhado de agonia saturaste meu amor enviaste um poema de amor ao amor libertaste
2.
bagagem 02:40
quando te fores amor moreno nu olhar brilhante deixas por cá faltas nesta bagagem abarrotada quando te fores amor moreno nu pentear corrente deixas cá faltas desta bagagem deslizante quando te fores amor moreno nu amaciar pigmenteante deixas por cá faltas nesta bagagem tacteada quando te fores amor moreno nu passar calmante deixas por cá faltas desta bagagem transviada quando te fores amor moreno nu beijar adoçante deixas por cá faltas nesta bagagem amargada quando te fores amor moreno nu acasalar penetrante deixas por cá faltas desta bagagem liquidada quando te fores amor moreno nu amar gémeo deixas por cá faltas nesta bagagem desunida quando te fores amor moreno nu vazio movente deixas por cá faltas nesta bagagem desviajada quando te fores faltas moreno coração enegrecido deixas por cá amor nu nesta bagagem desgostada
3.
desune 03:36
Quando a rotina bate duro E a ambição se reduz Ressentimentos cavalgam alto Por emoções desaparecidas E vamos alterando caminhos nossos Nessas estradas tão diferentes Então amor, o amor irá desunir de novo Como o amor nos une tanto Porque está o quarto tão frio? E te recolhes tanto no teu lado Estarão os meus timings assim tão estragados? O nosso respeito murchou muito Mas ainda há réstias daqueles apelos Que mantivemos como nossas vidas Então amor, o amor irá unir de novo Como o amor nos desune tanto Agora choras enquanto dormes Choras a todos os meus sentimentos expostos Aos perdidos sabores de minha boca E o desespero entra em coma Havia tanto de tão bom Tanto para não funcionarmos mais E o amor?...
4.
renasce 03:50
quem morre cedo não perde renasce num céu cinzento brilhar marinho quem morre cedo não perde renasce num cabelo negro saudosa mocidade quem morre cedo não perde renasce num sopro agarrar seguras mãos quem morre cedo não perde renasce num corpo puro amizade fraterna quem morre cedo não perde renasce num vazio deitar lábios beijados quem morre cedo não perde renasce num aceso fumo conforta mortalha quem morre cedo não perde renasce num vivo passar airosa figura quem morre cedo não perde renasce num ficar presente saudade morta quem morre cedo não perde renasce num acordar eterno sorriso menino
5.
sinais 02:53
os sinais que nos unem não chegam a ultrapassar as razões que nos afastam os sinais que nos unem não chegam estão ligados à passagem ao verde caem frenéticos à razão do encarnado os sinais que nos unem não chegam sinalizam olhares acendem dois sóis gelados do frio à lua enfeitiçados os sinais que nos unem não chegam vivem endiabrados circulam mudos ao brilho cego do corpo deformado os sinais que nos unem não chegam reflectem ao espelho cigarros enrugados negociações erradas do amor traficado os sinais que nos unem não chegam estão desgovernados porque o senhor da máquina se encontra perdido no automóvel capotado
6.
voltar 03:13
tens que voltar. voltar ao amar aprender quando ele não está, estando sempre. como num vento que sopra verde soprando, como numa onda que navega branca navegando, como uma asa que bate batendo mais. tens que voltar ao amor amado, quando ele evapora egoísmo parte num ciúme, crancha num orgulho irado como numa confiança, desconfiada como uma palavra dita, gratuitificada como num querer cegado, estratificado. tens que voltar. voltar ao amar amante, libertado credenciado pelo acreditar, pelo acordar do mel das torradas, por entre, num sexo perfeito que acorda ensonado, num prazer nunca antes alvorado e leve traz um novo dia, dia nunca antes acordado. por um sol queimado por uma lua apagado, pela madrugada pura que dura, mais dura, que mata e põe toda a santa saudade, mais amiga tristeza a dormir um bocado. tens que voltar, voltar aos fundos, apagar nós, mal atados, como num tudo atafulhados, podridão, como na falsa paixão desafinados, como canção, fingida mão na mão apertos da alma coração - corações assassinam - orações, apodrecem poemas, como ratazanas frescas e gaivotas açaimadas, pelas águas rainhas. tens que voltar. voltar ao amor aprender, sem sentir dar o dar, sem sentir se partir, sem sentir culpas e menores desculpas, sem sentir que sentes apenas sentires amar, como um mar que não leva o marinheiro, como uma tempestade que não leva a corrente, como uma chuvada que não leva as tuas lágrimas. tens que voltar ao saber aprender amar, pelo riso sorriso, pela carinhosa festa dançar, para que juntos tu, ele voltem nessas lágrimas, gargalhada feliz, felizes por voltar ao aprender reaprender, cicatrizar das portas pretas, voltar em braços abraços, despidos da cruz, dar a volta, ao estado de voltar, amar.
7.
caminho 02:53
voltou a semana sem ti chorando diferente tua ausência diferentes razões fazem chorar copiosamente as fazem fechar dos olhos e tu? que voltas costas à cidade e tu? que caras viras à saudade e tu? que já te puseste ao caminho dessa solidão a caminho do caminho teu pronto para te dar para te promover ardilosa bela caminhada e tu? aproveita caminhante tu aproveita aproveita tu o que ele quer espreita que quer dar-te tu aproveita mesmo que um sol caminhante teime em não aparecer aproveita tu - tua – curta - longa - caminhada a caminho do teu caminho
8.
diferente 04:53
Há qualquer coisa diferente quando estamos nós nas luzes apagadas. Nas tuas mãos azul olhar as janelas cansadas nu vento soprador, numa cama cansada de se mudar, numa roupa fantasma por sobressaltar, numa casa amarga sem ponta por onde se apagar, cozer ou entrelaçar num novelo se enrolar. Há qualquer coisa diferente quando estamos nós num nada que nos importar, num nada hipnotizaste desnudos da cabeça ao coração - sem pé - por agarrar ao corrimão que sabe e soube sempre tão bem, sempre escorregar. Foste tu o sorrir que não querias por fugir por tão bem, saber o que não, querer? Queres, não? E eu que quero sem querer por tanto vago? Salto no espaço viro no risco ao caminho, aquecido, ao velho casaco azul, cobertor profundo, desgastado afundo em bolsos de areia e bruma levados. Nadador do mar, isco, peixe, pescador, naufragando o nada, de nada, nadando sempre contra-corrente, diferente da gente, saboroso e perfurado pela sombras do amor. Há qualquer coisa diferente quando estamos nós, estranhos deles e delas, cães e cadelas, vivos e não nadas, por correr entre esquinas e minas. Preferes? Laranjas e tangerinas, fadas e más-rainhas, espelhos quebrados e varinhas de maus condados e historias antigas de reis por presentes envenenados. Às vezes há coisas, chás que não se dão ao mel, nem se dão ao fel, coisas que apenas coisas são, e mais coisas não querem mais ser. Eu quero ser a lua e imaginação solar. Eu quero ser o parvo, ausência, pensamentos nus, despidos pensar. Eu quero ser todas as palavras que me apetecer cuspir, vomitar, jorrar, todas as palavras que não digo todas as que os meus dedos vazios nus teus quiser escrever. Eu quero ser o nada que te preenche que te dá voz dentro. O vazio que de resto já sabes. Esse que já tens, temos, tenho? O mais nada que não te posso dar, ou receber, no tanto que já somos e temos. O eu nada. Baralhado, não aceite, alheio até desinimaginado. Eu quero ser a gaivota sem mar, o peixe na terra, o garfo sem prato, o comboio sem janelas a vida sem elas, eu e tu? O carinho sem fogo, a amizade sem gestos, o brilho sem olhos o sexo sem corpos no tumulo sem nomes. Que queremos ser? Seres sem ser. Apenas. Há? qualquer coisa diferente quando estamos nós.
9.
sabes 02:10
sabes? sabe estranhamente bem o nós rodeados às pessoas que não sabem aos nós desta sociedade desatados que também não sabem nos olhares mudos por nós ao sem saber que sabes? sabes? sabe estranhamente bem sabendo sei o que só nós sabemos quando eles não sabem nada dos nossos olhos pelas cores do seus molhados sabes de nós? sabes? sabe estranhamente bem sabes que sei que sabes como sabe o amor sabendo tão bem nos dar

about

Luís Carvalho & Dead Flowers é um projecto de spokenwordsongs nas palavras do poeta com ambientes sonoros-canção cruzados pelas harmonias das guitarras dos músicos João Guimarães e Pedro Oliveira.

O tema retratado neste livro-disco retrata jogos-dualidades de vivências feitas entre o amor combinado com a dor.

credits

released January 20, 2017

Luís de Carvalho - voz da poesia
João Guimarães - guitarra & bateria
Pedro Oliveira - guitarra

Musicos convidados:
João Eleutério - baixo
Gomo - teclas no tema "sabes"

Artwork & ilustrações-poemas:
Susana Antão

Foto:
Luís Mileu

Videos:
João Pires www.youtube.com/watch?v=trggu5Lp5Q8
Inês Oliveira www.youtube.com/watch?v=nFOjvEGnFWU
Estórias da Nuvem www.youtube.com/watch?v=0X9rJh2TznI

Edição:
Misty Fest 2017

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